CINCO INICIAIS - MELHORES DESEMPENHOS DE PONTUAÇÃO
Donovan Mitchell foi o máximo ontem à noite, estabelecendo um novo recorde na sua carreira e o melhor da sua carreira num só jogo, com 71 pontos. Na minha opinião, o mais impressionante foram os seus 13 pontos no intervalo. E aquele ressalto ofensivo louco do seu próprio lance livre falhado. O Luka deve estar orgulhoso.
Isto pôs-me a pensar nas explosões de golos loucas de que me lembro e aqui estão os meus cinco primeiros "desempenhos com muitos pontos".
5. David Robinson 71 pontos em 1994
Shaq e o Almirante lutaram durante toda a época pelo título de melhor marcador. E embora Shaq viesse a ganhar o seu primeiro título de marcador na época seguinte, o que estava em causa era mais o facto de ser a primeira vez em 7 anos que a NBA ia ter um novo rei dos marcadores. Com Michael Jordan a jogar basebol, o título estava em jogo e, a caminho do último jogo da época, Shaq era o líder. Depois, os Spurs jogaram contra os Clippers. E se és demasiado novo para saberes que houve uma altura, antes da Lob-City, em que os Clippers não eram assim tão bons.
Então, os Spurs alimentaram David Robinson durante todo o jogo, e ele terminou com 71, e conseguiu uma média de 29,8, enquanto Shaq e os seus lances livres falhados lhe deram o segundo lugar com 29,3.
Sim, temos algumas camisolas de David Robinson
4. Kobe Bryant 60 pontos em 2016
Há um par de jogos para escolher quando se trata de Kobe. Os seus 61 pontos em MSG ou o facto de ter vencido os Mavs ao fim de três quartos. Mas o último jogo da sua carreira na NBA foi muito especial. Durante toda a época parecia humilde, feliz por jogar, e lembro-me que estava um pouco triste por ele não ter feito tantos jogos fantásticos, mas depois fez um jogo de 35 pontos contra Houston dois jogos antes do fim da carreira contra os Jazz no Staples. Os Lakers perderam esse jogo por 20 pontos e eu pensei que esse seria o seu último "grande" jogo.
Durante os últimos 16 jogos, os Lakers estiveram 2-12 com Kobe na equipa e ele ficou de fora duas vezes nas duas derrotas. E depois Kobe fez o que Kobe fez. Foi tão fixe ver o Kobe a marcar, e apesar de ter batido o recorde de mais tentativas com 50, foi o final que foi fantástico. E foi muito ao estilo de Kobe terminar a sua carreira com 60 pontos numa vitória. Se ao menos tivesse sido contra os Spurs ou os Celtics.
3. Michael Jordan 55 pontos em 1995
Como é que se faz uma declaração cinco jogos depois de um regresso, para que todos saibam que se está de volta? Fazes um jogo de 55 pontos contra os teus velhos rivais, que eliminaste depois de estares a perder 0-2 na ECF da última vez que jogaste contra eles. No ginásio deles. A arena mais famosa do mundo. Madison Square Garden. Foi assim que Michael Jordan o fez. Ele voltou, teve um jogo difícil contra os Pacers na estrada, recuperou as pernas, marcou o golo da vitória contra os Hawks. Depois tomou conta da Broadway e nunca mais olhou para trás.
Talvez devesse ter olhado, porque se tivesse olhado para trás para ver Nick Anderson a chegar atrás dele na segunda ronda (enquanto usava Jordan 10's) os Bulls poderiam nunca ter perdido aquela série. Mas acabou por correr tudo bem no final.
2. Kobe Bryant 81 pontos em 2006
OK, eu sei que esta é a melhor. Mas esperem, eu tenho as minhas razões. On A 23 de Janeiro de 2006, acordei e sentei-me para ler alguns e-mails e talvez editar a minha página do MySpace e, como sempre fazia quando abria um browser, digitei nba.com e, durante alguns minutos, não percebi. Kobe 81 estava em toda a página. Clips, artigos e até t-shirts com KOBE 81. O que é o 81, o número dele é o 8? Depois abri a tabela de classificação e foi a coisa mais louca que já vi. Telefonei ao meu amigo, que é o maior fã do Kobe que conheço, e ele ainda não tinha visto. Então disse-lhe para ir ao computador e entrar no nba.com e a reacção dele foi a mais pura que um fã pode ter. Descansa Kobe.
Camisola branca de Kobe dos Lakers
1. Carmelo Anthony 62 pontos em 2014
Esta é especial para mim, tanto porque são os meus Knicks como porque sou um fã incondicional de Carmelo. Não é à toa que tenho mais de 10 camisolas do Melo e quase chamei Melo ao meu cão quando ele era um cachorrinho. E o mundo está dividido em dois grupos. Os que passaram pela dor normal, e os fãs dos Knicks. Já passámos por mais miséria do que a maioria das pessoas não consegue sequer imaginar. Mas depois recordamos aqueles breves momentos de felicidade, como a época de 2012-13 dos Knicks, a final de 99 em que os mais desfavorecidos não conseguiram chegar à final, o facto de Ewing não ter nenhum colega de equipa no HOF, o afundanço de Starks em Jordan e muito mais. Até falamos do quão perto estivemos de recrutar o Steph, como se isso fosse um feito.
O ano era 2013. Ganhámos a divisão do Atlântico, passámos a primeira ronda e o Melo ficou em terceiro lugar na votação para MVP. Parecia que tudo estava a ir na direcção certa. Depois, aconteceu a transformação de Phil Jackson em director-geral. Passámos de 54-28 para 37-45, falhámos os playoffs e voltámos ao ponto em que estávamos desde que Sprewell e LJ saíram. Por isso, imaginem como foi ver o Melo a fazer turn arounds e pull ups como se tivesse um código de batota no 2K. Quando ele acertou aquele remate de meia quadra, LeBron sabia que Melo ia estabelecer um recorde da franquia e do MSG. Provavelmente ele também sabia naquele barco de Bananan.
Sim, o Melo a fazer 62 pontos é importante, apesar de ter sido contra Charlotte, numa altura em que todos fizeram grandes jogos contra eles. Para mim, é mais importante do que para a maioria das pessoas.